domingo, 23 de dezembro de 2007

Cadeira #1.2 de Yuichiro Nichizawa


Essa peça é daquelas que não parecem nem um pouco funcionais e confortáveis, mas nas quais se consegue reconhecer um valor conceitual forte. A cadeira é constituída de duas peças idênticas e facilmente montável e desmontável quando não for necessária.
Ok, interessante. Mas quem é que precisa de mobiliário flexível (situação de quem mora em lugares pouco espaçosos), sendo que pode pagar $600 em um móvel bem pouco confortável? - eu imagino uma lordosinha de presente para quem gastar mais de 10 minutos ali.
"Mas objetos deste tipo não são feitos para serem usados como qualquer um das Casas Bahia, e sim para serem apreciados" - diria o designer entusiasta. Concordo que existam móveis assim, mas nesses casos o objeto deveria ousar mais, em um conceito que não seja paradoxal como este. O paradoxo surge pela dicotomia do flexível versus o não-funcional.
Só não inauguro um outro blog - "quantas más idéias" - para esse daí por se apoiar em conceitos sustentáveis - madeira certificada, emissão zero de formaldeídos (?) e envernizamento à base de água - refletidos poeticamente em sua plástica, reconheço, tocante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Falando bonito eim Ronald's!!!

Suas indagações são válidas, mas não dá pra negar a força da criatividade que ela tem, talvez a criatividade + sustentabilidade não sejam suficientes pra fazer qualidade, mas servem para ajudar outros a alcançarem. Talvez caiba a ela o papel de objeto ponte.