sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Declaração de ódio ao Gesso Cartonado

Vou postar aqui um texto que (infelizmente) não é de autoria própria; ele veio do blog português O Projecto, mantido por Lourenço Ataíde Cordeiro, que infelizmente está desativado há quase dois anos.*
Uma ressalva: pladur é como os companheiros de além-mar chamam o gesso acartonado, pelo fato de que essa é a marca dominante por lá. Algo como o Cotonete aqui.

Vamos ao texto:

"Toda a gente gosta do pladur (com mínuscula para se perceber que me refiro ao material, não à marca). As razões são muitas. Posso enumerá-las:

1. É leve (a delícia dos engenheiros, que vêm reduzidas as cp, cargas permanentes)
2. É fácil de montar, e muito mais rápido do que uma parede de alvenaria de tijolo
3. Permite vazios interiores para passa tubos e merdas
4. Facilita manutenções e reparações
5. Mas 4 já não chegam?

Enfim, é um mundo todo que se abre. Mas eu odeio o pladur. Detesto. Cartãozinho só para os tectos falsos e, e. Porquê? Já tocaram no pladur? O tacto é por vezes esquecido nas lides da construção. Não falo da textura, essa é lisa e agradável, falo da incontornável sensação que se tem que aquilo é cartão (estão aqui a fazer-me sinais que é mesmo cartão, só que com gesso lá dentro). Fragilidade, é esse o problema. A leveza, que há bocado referi como vantagem, é algo que eu não quero numa parede. Uma parede é grossa, pesada, e tem inércia térmica. Inércia. Como é que o pladur pode ter inércia? Não pode. O pladur é um corredor de 100 metros, musculado e ágil. Uma parede é um gajo enorme e pesadíssimo, onde não passa nada. O Ricardo Carvalho é uma parede, percebem? Ninguém diz que o Ricardo Carvalho é uma placa de pladur, francamente. O pladur é coisa de gaja. O tijolo é d'homem, vamos lá chamar os bois pelos nomes. Um gajo toca no tijolo, dá murros, pontapés, cabeçadas, e ele reage. Imóvel. Senhorial. Nada o deita abaixo. O pladur é montado numas calhazinhas de alumínio, frágeis e assustadas, com jeitinho e parafusos. Mas o que é isto? Parafusos? Mas está tudo doido, ou quê?

Morra o pladur. Pim.
"

* Update!

Quem está desativado há dois anos é o blog, não o Lourenço.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Conjunto de Copos Vintage

Outro post da categoria "é kitsch, mas ô lá em casa...".


Os copos são bem simples, daqueles por 1,99 na Casa China. O toque brega, que sob a minha ótica é sugestivamente crítico, está na serigrafia feita no vidro imitando copos refinados e caríssimos.
Poderia ser, da mesma forma, uma provocação com os pretensos "emergentes" [comuns na sociedade brasileira], que se utilizam da linguagem clássica para demonstrar um refinamento cultural inexistente. Daqueles que sugerem sorver o mais caro champagne, mas cujo armário poucas vezes verá algo além do Dolly Guaraná.

Á venda Aqui.

via Better Living Through Design

sábado, 25 de agosto de 2007

Hey Ya

Regravações acústicas. Adoro.

INDEX: 2007

Ontem (24 de agosto de 2007 para os perdidos) foi um grande dia para designers de todo o mundo. Ou melhor, foi um grande dia para alguns designers específicos do mundo; no caso, os integrantes das 5 equipes premiadas no INDEX: , o maior prêmio da categoria atualmente.
Se é realmente o maior eu não sei, pelo menos o site oficial assim o afirma. Eu não duvido nada, já que 100.000 euros (euros!) na mão de cada um deles é algo com certeza substancioso.
São cinco as categorias que concorreram ao prêmio, cada qual com o seu afortunado campeão: Corpo, Casa, Trabalho, Diversão e Comunidade. Ainda teve a Escolha do Público, que pelo que eu entendi ganhou um forte abraço como congratulação.

(and the Oscar goes to...)

Corpo: Mobility for each one (Mobilidade para todos)



O canadense Sébastien Dubois mobilizou-se com o fato de que anualmente 25.000 pessoas são mutiladas; em sua maioria civis vítimas de minas terrestres. A tecnologia para próteses já existe e está relativamente bem mais barata do que quando foi inventada; porém ainda custa entre 1.300 e 4.000 dólares americanos, valor ainda inacessível para muitos.
Sua proposta de alguma maneira faz das tripas coração e consegue ser construída com apenas oito dólares americanos, utilizando materiais facilmente disponíveis a todos e montado em qualquer oficina segundo os padrões da Cruz Vermelha.
Fascinante, se realmente puder ser construído em qualquer lugar, digamos, em Serra Leoa, e com materiais que sejam realmente acessíveis.

Casa: Solar Bottle (Garrafa solar)



Fato: Um sexto da população mundial (mensagem de tico e teco : mais de um bilhão de pessoas!) não tem acesso à água potável e bebe diretamente de fontes duvidosas, aumentando perigosamente o seu risco de contrair doenças como diarréia, cólera, tifo e até mesmo hepatite A.
Os designers Alberto Meda e Francisco Gomez Paz fizeram uso de um sistema de tratamento de água já existente chamado SODIS, baseado na sua exposição aos raios solares ultravioletas e infravermelhos. O projeto Solar Bottle adaptou esta tecnologia ao uso doméstico. Com uma face transparente (a ser direcionada ao sol com a ajuda de um apoio) e a outra em alumínio, a desinfecção dos quatro litros de capacidade é total em algumas horas.

Trabalho: Tongue Sucker (Sugador de língua)



É sabido que a demora pelo atendimento em casos de acidentes complica e muito a vida dos acidentados. Em alguns casos, acaba nem fazendo diferença se a ajuda chega ou não; e muitas das situações onde os primeiros minutos são cruciais ao tratamento se devem à obstrução das vias respiratórias pela língua.
O Tongue sucker, que mais parece o nome de um pirulito ou brinquedinho de criança, é provavelmente um item que logo vai constar em todos os kits de primeiros socorros, visto que sua simplicidade permite que qualquer leigo saia por aí sendo superman por um dia.
É fácil:
1) Aperte a pequena bolha de plástico para tirar o ar de dentro dela;
2) Posicione o dispositivo sob a língua do pobre coitado e solte; e pressão negativa vai puxar a língua para cima, abrindo uma passagem para o ar circular;
3) Seja o héroi do dia.
Desenvolvido por Philip Greer, Lisa Stroux, Graeme Davies e Chris Huntley, estudantes do Imperial College e do Royal College of Art de Londres.
Nota do redator: Fazer projeto em equipe de quatro sempre dá pancadaria, pelo menos lá na minha faculdade. Deve ter sido a living hell o projeto desses quatro aí.
Nota 2: Redator, hahaha. O cara tem um blog e já se acha. Tá...

Diversão: Tesla Roadster



Ok, todo mundo gostaria muito de ter sua língua desobstruída em caso de acidente. Mas a vida não se trata apenas de sobreviver, mas também de viver, certo?
E viver bem também é viver livre de culpa; o uso continuado de carros movidos a combustíveis fósseis tem aumentado o peso da minha consciência toda vez que saio dar um rolé.
Meus problemas se acabaram, ou quase; se acabarão no dia em que tiver uns trocados para comprar essa belezoca aí da foto.
O Tesla Roadster é um carro 100% elétrico, que demora cerca de três horas e meia para recarregar por completo. O mais assustador é o fato de que o carro deve rodar a um custo de um centavo por milha percorrida...
Não sei de qual centavo eles tão falando, mas mesmo que seja o centavo de libra (o centavo mais caro do mundo), é uma piada perto dos preços praticados pelos cartéis do petróleo.
Vamos pra praia nesse fds? certamente vai ser uma frase muito mais comum para mim no dia em que tiver um desses na garagem. Elon Musk, Diretor da Tesla Motors, Martin Eberhard, Diretor Executivo da empresa e Barney Hatt, designer do Lotus Design Studio pretendem lançar o Tesla Roadster no mercado até 2010. Esperar pra ver.

Comunidade: XO Laptop



99% das crianças de países em desenvolvimento terminam a escola sem nunca ter utilizado um computador. Partindo da idéia de que esse panorama mundial só tende a piorar, visto que a exclusão digital torna a população carente menos qualificada a possuir um emprego razoável, toda uma galera (Rebecca Allen, Christopher Blizzard, V. Michael Bove, Yves Behar, Walter Bender, Michail Bletsas, Mark Foster, Jacques Gagne, Mary Lou Jepsen, Nicholas Negroponte e Lisa Strausfeld) desenvolveu esse protótipo para ser utilizado por crianças. Isso quer dizer:
* Tamanho de um caderno;
* Mais leve que uma lancheira;
* Monitor brilhante, visto que em vários países as escolas são muito engraçadas, não têm teto, não têm nada. Então precisa ser visível mesmo sob a luz do sol;
* Resistente a impactos;
* À prova de umidade;
* Possuir um sistema de conexão à internet pelo celular e por wireless;
* Três opções para carregar a bateria: um pedal, uma corda e uma manivela.

Nota do ganancioso: equipe de 11 pessoas. Isso dá um prêmio de 9.100 euros para cada um. Sacanagem hein.

Escolha do Público: Antivirus



Finalmente, a escolha do público, talvez sensibilizado pelo projeto ter vindo de alguém que sofreu as consequências do descaso médico. Quando criança, a singapuriana Hân Pham passou um longo tempo doente por ter recebido uma vacina por meio de uma agulha contaminada.
Hoje, depois de ter recebido uma transformação da xuxa e virado linda, loura e dinamarquesa, ela desenvolveu uma espécie de tampa que pode ser colocada sobre latinhas de alumínio, de forma que depois de dispensada, a agulha não pode mais ser retirada do receptáculo. O projeto foi aclamado por abraçar também o conceito de sustentabilidade e disponibilidade de materiais, já que latinhas de alumínio existem até mesmo nas esquinas mais insólitas do nosso planeta.

O INDEX: acontece a cada dois anos em Copenhagen, e foi criado pelo príncipe herdeiro da Dinamarca.

via Portal G1

Escrever esse post foi cansativo. Alguém me traz um suco?

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A Church in the City - Tamizo Architects

À primeira vista, este projeto me causou um certo desconforto. "Como assim, isso é uma igreja?". É, isso é uma igreja, projetada pelos louváveis [e para mim, recém-descobertos] arquitetos do grupo Tamizo. O questionamento, mais tarde percebi, surgiu de um tabu arquitetônico que, mesmo após quase uma década de estudos, ainda permanecia dentro de mim.
Trata-se daquela idéia que se agarra em todos os poros de que uma igreja deve ser a principal edificação de uma cidade, deve ter destaque, deve ser vista de todos os pontos. Assim como os minaretes das mesquitas, é um farol da luz divina, que se impõe na paisagem urbana.

Então, justamente pela ausência dessa petulância que as igrejas (especialmente as latino-americanas) possuem, percebi a genialidade deste projeto. Ele não mais perpetua este conceito de que Deus é um ser austero, vingativo, que manda e desmanda e a quem todos nós devemos ter medo. Conceito este bem ultrapassado né? É da época das igrejas góticas, desenhadas para causar temor diante da Ira celestial. Peraí, Ira? Deus não é o puro amor? Como assim, devemos que ter medo de um ser que é puro amor?

Bizarrices daqueles dias em que queimavam mulheres vivas por possuírem uma verruga, por exemplo. Mas não vamos entrar (mais a fundo) nesse papo histórico-filosófico. Vamos falar de arquitetura.


Essa igreja tem uma abordagem completamente diferente. Ao ser projetada harmoniosamente com o entorno, integrando-se tanto pelo gabarito (altura da edificação, para os leigos) quanto pelo alinhamento predial, ela se integra com a vizinhança. Ela é amiga, ela não quer se impor, mas quer fazer parte da sociedade que a acolhe.




Creio que é um reflexo puro do nosso tempo (a tão aguardada Era de Aquário). A igreja não é mais o lugar onde as pessoas vão para aprender a se comportar, para ouvir as verdades sobre o mundo ou aprender novas formas de pecar. É um local de calma, de refúgio às atribulações da vida cotidiana, de compreensão. A igreja é um pit-stop para entrar em contato consigo mesmo, e buscar Deus no fundo de sua alma.

E nada mais inspirador do que toda a poética deste espaço, cheio de planos puros de concreto e vidro, percursos (no caso, aquela rampa suave) que são um estopim para a introspecção e o trabalho com luz e sombra que, confessem, deixa todo mundo mais Zen.

Aliás, Zen é um conceito religioso do budismo. Pergunta: um budista poderia utilizar-se desta igreja para sua introspecção? Absolutamente e positivamente, sim. Esta igreja é católica, mas não se vê aquela cruz gigantesca espalhada pelo prédio, mas singela, humilde no altar. O que se vê é a arquitetura como uma língua universal, que a todos respeita. Essencial nos dias de hoje onde esta babilônia de religiões provoca conflito entre irmãos.

Esta igreja é a pura Paz, solidificada em paredes.

Update!

Não descobri se esse projeto foi construído, creio que não pelo fato de só haverem renderizações no site. Deve ter sido feito para o concurso Diploma of the Year - Concrete Architecture de 2005; que lhe rendeu o primeiro lugar.
Merecido.

Malvados

A arte de André Dahmer é a mais ácida possível; daquele tipo que faz você rir sem mover os músculos faciais. É engraçado por que é verdade, e todos sabem disso. Rir pra não chorar, diria o mais aficionado por frases de efeito.

Bookmarkado com certeza.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Orgiastic Carafe



Mais um trabalho de Edouard Larmaraud, exposto na feira In'nova em Lisboa, 2003, que parece ser alguma exposição bem legal; mas sobre ela o google nada me informou :/

Este trabalho pretende tornar o ato de "beber direto da garrafa" algo um pouco menos vulgar.

Alguém podia avisar a Amy Winehouse.

Anel "Trompe l'oeil"


Já que toquei no assunto "piadas de designer" há alguns posts, aqui vai mais um objeto hilário. Pelo menos eu riria muito com um anel desse por perto.

Foi criado pelo designer Edouard Larmaraud com o sugestivo nome de "engana o olho" e é ideal para os orçamentos moderados. O diamante é singelo, porém a lente de aumento proporciona um efeito de jóia de primeira linha.

Ele não tava falando sério, né. O anel foi criado para uma competição chamada "um pouco de humor nas jóias" em 2004, em que ele não deve ter ganho patavinas, senão teria algum link no site. Mesmo assim pra mim já é campeão! (pelo menos até ver os concorrentes. Não consigo imaginar outras formas em que uma jóia possa ser engraçada...)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Trocadilho do ano: Almofada Feltris!


Absolutamente todo mundo que eu conheço já jogou Tetris, e todos adoravam. E ainda adoram. Tanto que hoje existem várias versões online do jogo de origem duvidosa, todo mundo tentando tirar um naco do sucesso 80's de todo jovem descoladinho.

Mas a criatividade reinará absoluta sempre, e a empresa britânica I Can Count tenta, de maneira original, também tirar a sua porção de lucro sobre o sucesso.

Por (apenas?) £19.99 por almofada, você pode montar um verdadeiro quebra-cabeça no sofá de sua sala, e bolar jogos divertidos nos domingos à noite, tipo jogar elas pra alguém ir organizando rapidamente, numa espécie de human tetris.
Tá, foi só uma sugestão... Qualquer coisa menos ter que escutar a Glória Maria falar "Tatuei a frase 'Amor Incondicional' em grego arcaico porque eu vivo para o amor. Nem doeu tanto, mas o local eu não conto nem sob tortura porque poucas pessoas terão acesso a ele". Certo?

Update!

Os Japoneses já possuem a sua própria forma de Human Tetris.

Documentário Ilha das Flores - Parte 1

Ilha das Flores - Parte 2

O Premiadíssimo documentário curta-metragem "A Ilha das Flores" (1989) dirigido por Jorge Furtado e com narração de Paulo José, é certamente uma das grandes idéias já tidas neste país. Aborda um assunto seriíssimo e ainda atual, quase trinta anos após sua realização. Muita gente já deve ter visto esse filme, mas quem porventura ainda não tenha deve assistir agora - serão 12 minutos muito bem aproveitados. É só clicar que dá pra ver direto no blog!
O filme não só é genial pela temática, mas pela maneira como desenvolve seu argumento e pela originalidade das seqüências de imagens.
Quem acha que deveria ser obrigatório passar nas escolas põe o dedo aqui! (ao contrário da minha escola, onde as freiras passavam A História Sem Fim pra gente. Não que não fosse divertido, mas... acho que tinha coisa mais interessante pra falar do que cachorros gigantes voadores).

Em tempo: Jorge Furtado estará nesta segunda-feira, dia 20/08, às 22h40 no Roda Viva, na TV Cultura.

Online movie - Four Eyed Monsters

A Internet é realmente uma dádiva dos céus. Ela dinamizou em mils % as mídias, como o cinema. E pensar que se não fosse por Tim Berners-Lee , nada disso estaria acontecendo.

Four Eyed Monsters foi produzido pelo casal Susan e Arin, e fala sobre, adivinha: o amor. Os “monstros de quatro olhos” são os casais de namorados que, como sempre, acabam virando praticamente a mesma pessoa. Tipo Sandyjúnior, que não podem ser pensados separadamente. É bonito, com algumas pretenções indies e uma linguagem bem contemporânea, à la Charlie Kaufman.


“Eles têm quatro olhos, eles têm duas bocas, eles têm oito membros que se embulham em torno de si mesmos em gestos de auto-adoração narcisista. É nojento. E eu não consigo não invejá-los.”
Texto lindo pra dedéu, além de inteligente e engraçado. Só não precisavam ter matado aquela barata!

O Youtube abriu uma exceção à regra e permitiu que postassem o média-metragem (detentor de consideráveis 72 minutos) em uma página com layout próprio.

Em tempo: segundo os roteiristas-produtores-atores-etc-e-tal, que se conheceram pela internet, o orçamento constituiu-se de pesados (para o bolso de dois pés-rapados) e ao mesmo tempo mínimos (pra indústria cinematográfica) cem mil dólares. “Ai se fosse o meu!”. Por isso estão em campanha com o site Spout.com que prometeu pagá-los um dólar para cada pessoa que se registrar em seu site. Se você ainda não fez a sua boa ação do dia, ajuda os caras! Ah se toda iniciativa-privada-incentivando-as-artes fosse assim!





quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Chair Chair Pad - We Love Kitsch!

Ok - na verdade não é uma cadeira. Dê uma espiada de perto (eu falaria pra arrumar a escala da viewport, mas como eu tinha dito, estou tentando descartar essas palavras cadianas do meu vocabulário cotidiano) e verás que sim, ela é uma almofada. Uma almofada com perninhas, mas uma almofada.

De acordo com o fabricante, a Etsy, ela "transforma o ambiente imediata e temporariamente, trazendo prazeres momentâneos em nossas vidas" - tá. Parece coisa de encheção de linguiça de memorial, mas mesmo assim é uma ótima pedida para os kitsch.lovers [such as myself].



Ainda mais legal se colocada em lugares públicos onde se quer preservar o bumbum asseado, trazendo à tona todos os paradigmas da inadequação próprios do kitsch. Prático, além de praticamente uma piada.


via Objetos de Desejo

Código de Barras renovado


Um grupo de designers japoneses do Design Barcode [que não adianta nem tentar ler se você não tiver aquele pacote japonês instalado] está espalhando essa idéia pequena - porém ótima - na terra do sol nascente. Nada mais é do que um detalhe interessante naquela parte das embalagens em que ninguém realmente presta atenção - salvo o sucrilhos, cujo tédio matinal me fez decorar a quantidade de sódio em uma porção [a saber, 151 mg].

Ao invés daquelas barrinhas sem graça e até mesmo depressivas, diria o estudante de design entusiasta, a idéia é transformá-lo num objeto de arte, ou pelo menos, alguma coisa que o faz sorrir antes de um dia estafante.

Aprovadíssimo! Só queria saber o que inventariam para a embalagem de papel higiênico.


via OhGizmo!


Update!


Nada se cria, tudo se copia. Certo?


A contra-capa do CD "Body Language", de 2003, da australiana Kylie Minogue já havia brincado com o tema.


Update 2!

"I feel for U" é, certamente, a melhor música desse álbum.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Capacho Go Away/ Come In

Iei!
Faz.. 3 minutos que criei o blog. Já me empolguei para mostrar coisas boas que eu vejo nessa urbe cibernética praticamente infinita.
Bom.
Começemos.



Um objeto legal que eu vi à venda neste site é o tapete para porta de entrada que, solenemente, convida quem estiver chegando para entrar e, ao mesmo tempo, despacha quem estiver tomando o caminho da roça. Uma boa idéia trabalhada apenas com o desenho da fonte.

Claro que a minha sugestão é apenas a forma mais adequada de uso. Nos dias em que levanto do lado errado da cama, com certeza daria um rotate 180º no capachinho.


Preciso melhorar meu linguajar. Tá muito AutoCad.


Criar esse blog foi uma boa idéia?

Olá camaradas;

Decidi hoje montar esse blog. Era um projeto que eu queria concretizar logo, mas sempre parei naquele pensamento de que blog é um diário virtual. "Hoje acordei me sentindo um pouco deslocado", esse tipo de baboseira pessoal pela qual ninguém, francamente, se interessa. Eu, pelo menos, don't give a shit. Sabe?
Mas ultimamente tenho encontrado tanta coisa legal na internet que "hoje acordei me sentindo inspirado" e resolvi escrever sobre elas aqui, em bom português (ou quase isso, if you know what i mean).
Portanto, o Quantas Boas Idéias? foi concretizado. Pretendo postar aqui, quando a minha faculdade de arquitetura (que a cada dia se prova mais indecente) permitir, aquilo que a minha vã filosofia classifica como boas idéias. Em arquitetura, design, gadgets, filmes, músicas, livros, cultura pop e tudo o que for louvável, acho. Nada impede vocês de simplesmente achar tudo uma bobagem e ir tomar um cafezinho (cafézinho? O quê estes anos em cima de Le Corbusier não fizeram com a minha ortografia, hein... no bom sentido.)

Beijos pra quem for de beijo, abraço pra quem for de abraço e royalties pro Cazuza.